Nany People relembra infância e início na arte durante Flipoços: 'A leitura foi meu grande passaporte'

  • 04/05/2024
(Foto: Reprodução)
Mineira conta que foi se apresentando como artista multifacetada que quebrou barreiras e alcançou o reconhecimento na cena cultural. Festival literário segue até domingo (5) em Poços de Caldas (MG). .A trajetória de Nany People foi baseada no consumo da cultura para driblar os obstáculos e o bullying durante a infância vivida no Sul de Minas. Rumo aos 50 anos de carreira, ela relembrou no Festival Literário Internacional de Poços de Caldas os passos até alçar o sucesso por meio da literatura. 📲 Participe do canal do g1 Sul de Minas no WhatsApp “A leitura foi meu grande passaporte. Quando eu aprendi a ler e tomar gosto pela leitura, o meu universo não era aqui. Eu sempre queria mais. [...] O meu conhecimento foi meu salvo-conduto”, relatou. Nany People relembra infância e início na arte durante Flipoços: 'A leitura foi meu grande passaporte' Bruno Alves A mineira Nany People nasceu em Machado, cresceu em Poços de Caldas e na vida adulta se mudou para São Paulo em busca das artes cênicas. Comediante, cantora, atriz e repórter… Nany conta que foi se apresentando como artista multifacetada que aos poucos quebrou barreiras – todas por conta própria, pois assim descobriu que conseguiria caminhar mais longe. ‘A cultura é a nossa maior mola propulsora para que nós tenhamos escudos, armas, engajamentos. Podemos furar bolhas, que hoje estão fazendo na internet; furamos bolhas que são comensuradas como nossos limites”, diz. Infância sul-mineira Durante um papo no Flipoços sobre ‘Gênero e diversidade sexual na atualidade’, Nany People contou sobre um momento emblemático vivido aos quatro anos, quando fez uma de suas primeiras apresentações ao público em uma quermesse de Serrania (MG). Determinada a conquistar um cartucho de doces cor de rosa que sempre lhe era negado, ela fez escolheu cantar ‘A Última Canção’ e ganhou, além do público, o brinde que tanto queria. “Aquele cartucho foi a minha grande chave, que eu descobri que tudo que eu quisesse na minha vida, eu tinha que fazer por mim mesma”, afirmou. 19º Flipoços - 5º dia de evento em Poços de Caldas (MG) Bruno Alves Entre obstáculos e conquistas, Nany destaca a dificuldade do interior acessar a cultura por meio do teatro. Não porque as pessoas não querem, mas pela falta de oportunidade. “Quando eu conto minha história, não é uma história triste. É a história de uma criança que nasceu no interior de Minas, que infelizmente não tem cultura como alicerce de consumo. Até Poços de Caldas o teatro é assistido, porque é divisa com o estado de São Paulo, e temos uma influência paulista muito grande. Passou de Poços pra frente, é porteira fechada, vocês sabem que é. O pessoal não vai ao teatro, não tem teatro, não sabe que é teatro, não consome teatro. Eu tenho amigos de infância que vão morrer sem ver teatro. E eu fiz da minha vida o teatro”, relatou. VEJA TAMBÉM Universidade portuguesa produz guia com 'emojis acessíveis' para Flipoços; entenda Da roda de conversa aos shows: veja FOTOS do 19º Flipoços Homenagem no Flipoços marca os 90 anos de Nélida Piñon, 1ª mulher a presidir a Academia Brasileira de Letras Cultura que impulsiona Entre 8 e 9 anos, Nany People se mudou para Poços de Caldas com a família. Nessa época, ela chegou a cantar em um concurso de calouros para conseguir comprar uma bicicleta. A primeira de algumas realizações da vida. No entanto, ao ingressar na escola, ela enfrentou problemas com o bullying. “Fui execrada porque essa minha condição que eu sou hoje, eu já era desde menininho”, contou. “A minha mãe viu que tinha alguma coisa errada, quando ela percebeu que eu estava vindo da escola sem o guardanapo do lanche. Ela percebeu que me tornei uma criança triste, e foi ver o que estava acontecendo. Quando ela chegou na saída e viu o bullying que eu sofria, a minha mãe virou uma leoa”. Em uma discussão, a diretora da escola questionou: “A senhora não percebeu que seu filho tem um problema?”. A mãe de Nany então respondeu: “Não é um problema, é a condição dele. E cabe a mim como mãe e a senhora, como educadora, fazer dele a pessoa mais feliz do mundo. Ele tá aqui pra ter instrução, porque a educação eu dou em casa”. Pouco tempo depois, Nany People conseguiu uma bolsa de estudos em outra instituição, onde recebeu incentivos artísticos e descobriu mais sobre a cultura por meio de uma professora. “Conhecimento é uma coisa que não tem fim. A gente literalmente só se defende das mazelas da vida com a sua cultura. Por isso que é importante ler, estudar. Você tem noção até de dimensão de espaço”, explica. Vida melhor entre 50 e 60 anos Nany People ressalta que sempre foi uma pessoa que ousou questionar o “por que não” dos nãos que a vida dava. E isso, talvez, a tenha feito desbravar horizontes cada vez mais amplos na arte. “Quando todos os meus amigos estavam aposentando, querendo comprar casa em campo, eu estava entrando na Globo, estava fazendo turnê para a Europa, eu estava revolucionando a minha vida. Então, acho que eu sempre tive a cultura como meu grande arsenal de transformação”, conta. Nany People relembra infância e início na arte durante Flipoços: 'A leitura foi meu grande passaporte' Bruno Alves “Eu tenho a felicidade de trabalhar no que eu gosto. Eu amo o que eu faço. É deitar às 0h, levantar às 2h30. É abrir mão de vida pessoal, vida familiar. Sepultei minha mãe numa sexta, no sábado eu estava no palco”, revela Nany. Atualmente, a artista trabalha a segunda edição da sua biografia ‘Ser Mulher Não É Para Qualquer Um 2 - A Saga Continua’. “Para mostrar exatamente a vida inteligente, plausível e muito mais produtiva do 50 aos 60 anos”, contou. 📚 Serviço O 19º Flipoços e a Feira do Livro do Sul de Minas seguem até o dia 5 de maio. Ao longo de nove dias, os convidados circularão pelo centro histórico de Poços de Caldas, participando das mesas nos palcos Coreto Cultural e Sesc Sulfurosa, além dos espaços parceiros. A programação oficial está disponível no site. 📍 1ª Vila Literária de Minas Gerais: Parque José Affonso Junqueira (estacionamento atrás do Palace Hotel) ⏰ Funcionamento da Feira: 4 de maio • das 9h às 21h 5 de maio • das 9h às 18h Veja mais notícias da região no g1 Sul de Minas

FONTE: https://g1.globo.com/mg/sul-de-minas/noticia/2024/05/04/nany-people-relembra-infancia-e-inicio-na-arte-durante-flipocos-a-leitura-foi-meu-grande-passaporte.ghtml


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